Governo abandona<br> MB Pereira da Costa
O Governo PSD/PP é o único responsável pelo fim da empresa
O Governo, credor maioritário da empresa de construção civil, na Amadora, votou, dia 16, contra a viabilização. A luta em defesa da empresa e dos postos de trabalho vai continuar.
No dia seguinte, os trabalhadores da MB Pereira da Costa, em plenário, decidiram prosseguir a luta pela viabilização e em defesa dos postos de trabalho.
De acordo com o comunicado conjunto de dia 17, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Mármores e Madeiras e Materiais de Construção do Sul, do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, e da Festru, a empresa não foi salvaguardada.
Com 54 por cento dos créditos, o Governo, na assembleia de credores, devia ter garantido a continuidade da unidade, de enorme importância para a Amadora e o sector produtivo nacional.
Após uma progressiva redução de pessoal e um intenso recurso a sub-empresas – com algumas a pagar salários abaixo do mínimo nacional – por parte da administração, os trabalhadores estão agora confrontados com o despedimento.
Não é, sequer, tido em conta o prestígio da empresa, com 65 anos e provas dadas em obras nacionais de grande envergadura para a EDP, a EPAL, a PT, várias autarquias e particulares.
Os sindicatos e a CT solicitaram reuniões de urgência com o primeiro-ministro, o ministro das Finanças e o Presidente da República, reiterando a exigência de abertura de negociações com investidores interessados na recuperação, para evitar a falência.
Devido a dificuldades causadas pela gestão danosa que levou até à retirada da credenciação para a empresa poder concorrer a concursos públicos, em Janeiro foi nomeado um gestor judicial. Os trabalhadores com o gestor, conseguiram investimentos que garantiram o pagamento dos salários.
Solução ignorada
Depois da nomeação do gestor, membros das ORT’s foram recebidos no Ministério das Finanças por Vítor Brás, da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, e por Alberto Pedroso, da Direcção-Geral de Serviços da Justiça Tributária.
No encontro, os representantes dos trabalhadores demonstraram como conseguiram garantir a continuação do pagamento de salários, mas a alternativa foi ignorada, embora tenham, inclusivamente, recuperado a confiança da maioria dos fornecedores.
«Hipócrita e irresponsável» é como, no comunicado, os sindicatos classificam a inviabilização. O documento acusa os representantes do Governo, na assembleia de credores, de terem dado provas de uma enorme «insensibilidade e incompetência», interpretada como «um crime cometido contra o País, a economia nacional e os trabalhadores».
Os sindicatos salientam que, nas três audiências concedidas pelo assessor do primeiro-ministro, Pereira Lopes, o Governo nunca assumiu as suas responsabilidades. As ORT’s consideram urgente encontrar investidores interessados na recuperação da empresa.
A empresa pode ter futuro
Para a Comissão Concelhia da Amadora do PCP, a luta na MB Pereira da Costa é da máxima importância para impor ao Governo a defesa da economia nacional, chamando-o às suas responsabilidades. Em comunicado saído na véspera da assembleia de credores, a concelhia apelou à solidariedade da população com estes trabalhadores.
Alertava-se ainda para o acréscimo de despesas na Segurança Social, caso os mais de trezentos trabalhadores sejam despedidos, e para a continuação da destruição da capacidade produtiva do concelho, já de si ensombrada com o fim da Bombardier, ex-Sorefame.
A Concelhia do PCP atribui as responsabilidades à administração que imperou até ao fim de 2003, enquanto os trabalhadores conseguiram provar, sob administração judicial, que a empresa pode ter futuro.
No dia seguinte, os trabalhadores da MB Pereira da Costa, em plenário, decidiram prosseguir a luta pela viabilização e em defesa dos postos de trabalho.
De acordo com o comunicado conjunto de dia 17, do Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Mármores e Madeiras e Materiais de Construção do Sul, do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, e da Festru, a empresa não foi salvaguardada.
Com 54 por cento dos créditos, o Governo, na assembleia de credores, devia ter garantido a continuidade da unidade, de enorme importância para a Amadora e o sector produtivo nacional.
Após uma progressiva redução de pessoal e um intenso recurso a sub-empresas – com algumas a pagar salários abaixo do mínimo nacional – por parte da administração, os trabalhadores estão agora confrontados com o despedimento.
Não é, sequer, tido em conta o prestígio da empresa, com 65 anos e provas dadas em obras nacionais de grande envergadura para a EDP, a EPAL, a PT, várias autarquias e particulares.
Os sindicatos e a CT solicitaram reuniões de urgência com o primeiro-ministro, o ministro das Finanças e o Presidente da República, reiterando a exigência de abertura de negociações com investidores interessados na recuperação, para evitar a falência.
Devido a dificuldades causadas pela gestão danosa que levou até à retirada da credenciação para a empresa poder concorrer a concursos públicos, em Janeiro foi nomeado um gestor judicial. Os trabalhadores com o gestor, conseguiram investimentos que garantiram o pagamento dos salários.
Solução ignorada
Depois da nomeação do gestor, membros das ORT’s foram recebidos no Ministério das Finanças por Vítor Brás, da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, e por Alberto Pedroso, da Direcção-Geral de Serviços da Justiça Tributária.
No encontro, os representantes dos trabalhadores demonstraram como conseguiram garantir a continuação do pagamento de salários, mas a alternativa foi ignorada, embora tenham, inclusivamente, recuperado a confiança da maioria dos fornecedores.
«Hipócrita e irresponsável» é como, no comunicado, os sindicatos classificam a inviabilização. O documento acusa os representantes do Governo, na assembleia de credores, de terem dado provas de uma enorme «insensibilidade e incompetência», interpretada como «um crime cometido contra o País, a economia nacional e os trabalhadores».
Os sindicatos salientam que, nas três audiências concedidas pelo assessor do primeiro-ministro, Pereira Lopes, o Governo nunca assumiu as suas responsabilidades. As ORT’s consideram urgente encontrar investidores interessados na recuperação da empresa.
A empresa pode ter futuro
Para a Comissão Concelhia da Amadora do PCP, a luta na MB Pereira da Costa é da máxima importância para impor ao Governo a defesa da economia nacional, chamando-o às suas responsabilidades. Em comunicado saído na véspera da assembleia de credores, a concelhia apelou à solidariedade da população com estes trabalhadores.
Alertava-se ainda para o acréscimo de despesas na Segurança Social, caso os mais de trezentos trabalhadores sejam despedidos, e para a continuação da destruição da capacidade produtiva do concelho, já de si ensombrada com o fim da Bombardier, ex-Sorefame.
A Concelhia do PCP atribui as responsabilidades à administração que imperou até ao fim de 2003, enquanto os trabalhadores conseguiram provar, sob administração judicial, que a empresa pode ter futuro.